segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Homosexualidade Feminina

Existem várias teorias do porque uma pessoa é homossexual. Seja por influência ambiental, genética ou da formação psicológica; uma coisa é certa, ninguém opta por ser homossexual. Esse tipo de relação, de comportamento, é visto como uma orientação do desejo. Mas, esse conceito é recente, visto que somente em 1993, a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma doença, passando a ser uma condição da personalidade humana. O Conselho Federal de Psicologia passou a condenar as promessas de tratamento para reverter a homossexualidade em 1999.

Picazio (psicólogo e psicoterapeuta, 1998) acredita que todos nós recebemos desde cedo uma carga muito grande de valores negativos em relação a pessoas com orientação homossexual. Por isso, acabamos por repetir os comportamentos preconceituosos para rebater algo que não queremos para nós. Essa atitude dificulta tanto a aceitação da diferença, como a própria auto-aceitação de uma pessoa que venha a se perceber homossexual, pois ela acredita que será condenada a ser tudo o que ouviu falar de ruim sobre os homossexuais.

A aceitação de casais homossexuais masculinos sempre foi maior, como se identifica na mídia escrita ou falada. Ao contrário, o preconceito contra o homossexualismo feminino ainda persiste na sociedade e nas leis que ainda fecham os olhos para sua existência.

Não temos a pretensão de determinar como se inicia a homossexualidade. Mais importante que procurar possíveis causas, é fazer com que a sociedade compreenda que a homossexualidade em si não é um mal e que o problema está na solidão,na exclusão e na marginalidade que ela provoca, nessas pessoas, pelo preconceito.

Nesta época em que vivemos, podemos dizer que a homossexualidade feminina “saiu do armário” (expressão usada por gays e lésbicas quando assumem publicamente serem homossexuais).

A expressão lesbianismo deriva de Lesbos, ilha grega que tinha como chefe uma poetisa de nome Safo. Esta musa escreveu versos que contam livremente o amor entre mulheres e, seus amores e paixões por sua companheiras ( seis séculos atrás). Daí os nomes safismo, sáfico, safista e lesbismo, lesbianismo, lesbiana, lésbica, passarem a ser usados como sinônimos de tribadismo (ato de uma mulher “roçar” em outra).

Longe de nós polemizarmos em relação à definição da homossexualidade feminina, pelo fato de que “ até hoje não surgiu nenhuma teoria que trate exclusivamente do lesbianismo. As mulheres homossexuais têm sido tratadas pelos pesquisadores como as mulheres são geralmente tratadas, como o segundo sexo.”(Charlotte Wolff).

Em meio a vários conceitos, penso serem dois mais coerentes. Lílian Federmam (1981) define o amor sáfico: “O lesbianismo descreve uma relação na qual duas mulheres trocam fortes emoções e afetos entre si. O contato sexual pode ser parte dessa relação num maior ou menor grau, ou pode estar inteiramente ausente”. Nesta mesma perspectiva, o “Grupo de Luta pela Libertação Lesbiana” de Barcelona (1981) aprofundou: “A lésbica não persegue o prazer sexual como finalidade única na relação com a companheira. Seu objetivo não é tanto o sexo, senão a busca de níveis profundos de comunicação, esferas de ternura, carinho e delicadeza. A essência do amor lésbico é a pura sensibilidade. Poder-se-ia dizer que a lesbiana sexualiza a amizade, pois a relação sexual nasce de um sentimento profundo que tem sua base no amor.”

Charlote Wolff bem definiu em seu livro – Amor entre mulheres – “...não é o homossexualismo, mas o homoemocionalismo, que constitui o centro e a própria essência do amor das mulheres entre si.”

O assunto Homossexualismo Feminino vem sendo apresentado na mídia no sentido de que se discutam o assunto para uma regulamentação da união homossexual. É imprescindível dar cidadania ao homossexual. Alguns países já possuem legislações nesse sentido, que normatizam essas uniões. Na Holanda já existe até lei para adoção de crianças por casais homossexuais - a adoção pode ocorrer desde que os parceiros estejam casados ou vivendo juntos. No Brasil só temos um projeto da Deputada Marta Suplicy no sentido de legalizar essas uniões, mas que muito tem que percorrer até sair das mesas dos dirigentes.

Um ponto importante a ser discutido e que fazem esses papéis não tramitarem é a existência dos preconceitos (mitos) mais relevantes:

1- Gays e Lésbicas são heterossexuais frustrados – FALSO – os homossexuais são pessoas que simplesmente têm um desejo natural por pessoas do mesmo sexo e que ficarão frustrados se não viverem esse desejo.

2- Homossexualidade é uma questão de opção – FALSO – a opção é a de viverem ou não, plenamente esse desejo, que é natural.

Em relação então, à união homossexual, Giddens (1993) a define como “relacionamentos puros”- que se constituem basicamente pelo compromisso (sem união civil, vínculo financeiro, filhos) e pela confiança total enquanto se amam e querem viver juntos. A problemática é a de se ter como base na sociedade a “família nuclear” que é a heterossexual, onde teríamos um homem e uma mulher, e as outras formas de família, as reconstituídas (em grande número atualmente com base no aumento dos divórcios e segundos ou terceiros casamentos), as monoparentais (que geram filhos sem pais ou mães) e as homossexuais.

Em relação à adoção de filhos por casais homossexuais femininos, Carolina J.Barboza e Tânia Aldrughi, fizeram uma pesquisa com três casais observando dados importantíssimos nesse processo:

1- A definição sexual independe de a criação ter sido realizada por pais homo ou heterossexuais. Os pais homossexuais são mais atentos com os filhos no sentido de ensinarem a confiarem mais em si próprios e em seus sentidos, para que consigam não sofrer com os preconceitos que possivelmente venham a ser vítimas.

2- O grande papel de uma mãe formadora de uma família alternativa é mostrar aos filhos o quanto está feliz levando a vida da maneira que leva, e que sua relação é saudável e positiva.

3- Quanto mais natural for o comportamento dos pais em relação à família que estão inseridos, mais fácil para o filho compreender que pertence a algo natural e saudável.

4- A família é uma referência que vai permanecer por toda a vida do indivíduo. É fundamental que essa referência seja internalizada como algo positivo.

5- Não há divisão rígida de papéis entre as parceiras. O importante é a função dos pais como fomentadores da socialização da criança, de uma forma indiferenciada.

6- O papel dos pais como facilitadores dos filhos para lidarem com o preconceito : o importante é a verdade e a aceitação.




Essas famílias homossexuais femininas surgem numa tentativa de viver de maneira mais natural possível, não desejando mostrar que são iguais, pois não são, mas que poderão merecer respeito, direitos e espaço, pois se tratam apenas de diferentes formas de relações.

Mas, ainda fica uma questão: será que esses casais não estariam buscando a adoção de crianças, para serem mais aceitos, menos fora dos padrões, por formarem uma família chamada “alternativa” ou “diferente” ? Há realmente o desejo de ter filhos ou esse desejo é produzido pela necessidade de enquadramento no padrão familiar?

O assunto é delicado, amplo e necessita de discussões profissionais nos níveis sociais, legislativos e executivos para o crescimento da Sexualidade Humana Brasileira.





*Dra. Sylvia Faria Marzano, médica urologista e terapeuta sexual, formada em 1978 pela Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialização em Cirurgia e Urologia Pediátrica de 1979 a 1982 no Hospital Infantil Darcy Vargas, de São Paulo e no Departamento de Urologia do Children’s Hospital Boston, afiliado a Harvard Medical School de Boston, MA, USA EM 1996. Médica colaboradora do Serviço de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC de 1997 a 1999. Mëdica Urologista da Prefeitura de São Caetano do Sul. Pós graduada – pela SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana) e Faculdade de Medicina do ABC, em Terapia Sexual

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cuidados no sexo Anal

Praticar o sexo anal pode ser atividade muito prazerosa. É cada vez maior o número de casais que têm aderido a esta prática, antes tabu, hoje, mais uma forma de dar e receber prazer. Porém, como o ânus não tem a elasticidade da vagina e ainda existem certos tabus em relação a ele, sexo seguro, em termos de sexo anal, requer cuidados físicos e psicológicos. Os cuidados físicos são bem simples, mas muito importantes, senão o sexo anal pode se tornar inviável. Em primeiro lugar, deve-se lubrificar muito bem o ânus e também o pênis, não com saliva, pois ela não é própria para este fim, nem com óleo de cozinha ou de banho, pois estes produtos podem causar infecções. O ideal é que a dupla utilize produtos específicos para este fim, os lubrificantes à base de água, como o KY.

Depois, não se deve penetrar diretamente o pênis no ânus, pois, principalmente nas primeiras vezes, ele precisa ser expandido para não haver muita dor e acabar atrapalhando o prazer. Normalmente, o ânus retoma sua forma inicial depois do sexo, por isso, a tendência é ele estar sempre apertado. Por isso, introduzir os dedos ou algum produto de sex shop (sempre com lubrificante) para expandir o ânus contribui para que a dor seja reduzida drasticamente. O uso da camisinha é essencial, pois o forte atrito do pênis nas paredes do ânus causa diversas fissuras, tanto no pênis quanto no ânus, que podem transmitir diversas doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Além disso, seu uso evita possíveis infecções por microorganismos existentes no ânus. E se a dupla resolver praticar sexo vaginal ou oral logo após o anal, deve trocar de preservativo, pois os mesmos microorganismos podem causar infecções na boca e vagina. A penetração, para não causar dores, deve ser feita de forma lenta, conforme o parceiro vai aceitando ser penetrado. O movimento do bumbum de quem a recebe, normalmente ajuda no deslocamento do pênis dentro do ânus, sempre lembrando que quem dá a velocidade do movimento é o parceiro que está sendo penetrado, pois ele sente muita dor.

A higiene também é muito importante, pois podem existir resíduos nas paredes do ânus que podem causar constrangimentos na penetração dos dedos ou do pênis. Lavar bem o bumbum é o suficiente. É bastante raro alguém defecar durante o sexo anal, mas pode acontecer. Se for o caso, não tem muito o que ser feito, pois foi uma resposta do corpo à penetração de algo estranho. Limpar o local é o que tem que ser feito. Com estes cuidados físicos, o sexo anal provavelmente será muito prazeroso. Porém, muitas vezes, o tabu que envolve esta prática, o medo de ficar com o ânus deformado ou o medo da dor podem dificultar que a parceira aceite fazer sexo anal. Os homens também sentem muita dor, mas no caso deles, esta prática pode ser a única alternativa de obter prazer sexual, como no caso dos homossexuais que preferem a penetração. Alguns homens, mesmo não assumindo sua homossexualidade, têm curiosidade de ser penetrados, por isso, estão mais dispostos a aceitar serem penetrados e estão mais livres de medos e inseguranças. Os cuidados físicos são os mesmos em qualquer penetração, o que muda é a capacidade psicológica de se entregar a este ato. Os cuidados na prática do sexo anal vão além dos cuidados físicos. É claro que cuidar do corpo e da saúde é muito importante, porém, no caso desta prática, a vida psicológica do indivíduo também merece atenção.

Como colocado anteriormente, os homens que pretendem manter relações sexuais anais, querendo ser penetrados, estão dispostos a esta prática, por isso, não ficam tão inseguros quanto a este tipo de sexo, mas as dicas colocadas aqui, apesar de serem direcionadas às mulheres, servem também aos homens. Para as mulheres, principalmente as que não pensam muito em sexo anal, a possibilidade de praticá-lo pode gerar muitos medos, dificultando o prazer. É sabido que sem cuidados físicos a penetração anal é muito dolorosa, além de existir o tabu e as dúvidas freqüentes em relação a este ato. Por isso, preparar-se psicologicamente para este momento é essencial, e deve ser atividade compartilhada entre os parceiros. Para a mulher, pensar se realmente deseja manter relação sexual anal, se isso pode se tornar prazeroso a ela, se seus valores e educação permitem isso é o primeiro passo. Não se pode esquecer que a analidade em termos de sexo envolve toda uma educação repressora, sendo este tipo de prática sexual considerada pecaminosa, nojenta, entre outros termos pejorativos. O medo da dor é normalmente o que faz a mulher recuar na decisão de manter relações sexuais anais. Mesmo aquelas que têm curiosidade e desejo nesta prática, o medo de sentir dor pode atrapalhar e muito o prazer. Este medo pode fazer com que a mulher não relaxe no momento da penetração e, mesmo com todos os cuidados, ela sinta algumas dores. Por isso a penetração feita de leve, a boa lubrificação, com o consentimento dela, permitindo a ela dar a tônica desta relação, pelo menos nas primeiras vezes, diminuirá a dor e permitirá que se aproveite todo o prazer deste ato. Além da dor, existem os mitos relacionados ao sexo anal, como o de que penetrar o ânus causa hemorróidas.

Isso não é verdade, o sexo anal não causa hemorróidas, o que ele pode fazer é, no caso de alguém que já possua esta doença, aumentar suas conseqüências. O ânus penetrado também não fica “solto”, ou seja, o controle esfincteriano poderá ser feito normalmente depois das relações sexuais anais. Além disso, não há um aumento significativo no tamanho do ânus depois desta prática sexual. Estando a mulher preparada, querendo praticar sexo anal, cabe ao parceiro tomar alguns cuidados também. Mesmo que a mulher deseje ser penetrada no ânus, o homem precisa fazer tudo de maneira que a parceira se sinta tranqüila até para postergar a tentativa. Paciência e diálogo fazem parte deste processo, que apesar da banalidade do sexo, ainda é complicado. Uma relação anal mal sucedida pode criar a insegurança para praticar este tipo de sexo novamente. Por isso, mente e corpo precisam de cuidados específicos para que tudo transcorra de forma positiva para o casal, para que o prazer do sexo anal seja experimentado mais vezes, podendo dar á vida sexual destas pessoas, novas vivências de muito prazer.

Anne Griza
Sexologa

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

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