quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cuidados no sexo Anal

Praticar o sexo anal pode ser atividade muito prazerosa. É cada vez maior o número de casais que têm aderido a esta prática, antes tabu, hoje, mais uma forma de dar e receber prazer. Porém, como o ânus não tem a elasticidade da vagina e ainda existem certos tabus em relação a ele, sexo seguro, em termos de sexo anal, requer cuidados físicos e psicológicos. Os cuidados físicos são bem simples, mas muito importantes, senão o sexo anal pode se tornar inviável. Em primeiro lugar, deve-se lubrificar muito bem o ânus e também o pênis, não com saliva, pois ela não é própria para este fim, nem com óleo de cozinha ou de banho, pois estes produtos podem causar infecções. O ideal é que a dupla utilize produtos específicos para este fim, os lubrificantes à base de água, como o KY.

Depois, não se deve penetrar diretamente o pênis no ânus, pois, principalmente nas primeiras vezes, ele precisa ser expandido para não haver muita dor e acabar atrapalhando o prazer. Normalmente, o ânus retoma sua forma inicial depois do sexo, por isso, a tendência é ele estar sempre apertado. Por isso, introduzir os dedos ou algum produto de sex shop (sempre com lubrificante) para expandir o ânus contribui para que a dor seja reduzida drasticamente. O uso da camisinha é essencial, pois o forte atrito do pênis nas paredes do ânus causa diversas fissuras, tanto no pênis quanto no ânus, que podem transmitir diversas doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Além disso, seu uso evita possíveis infecções por microorganismos existentes no ânus. E se a dupla resolver praticar sexo vaginal ou oral logo após o anal, deve trocar de preservativo, pois os mesmos microorganismos podem causar infecções na boca e vagina. A penetração, para não causar dores, deve ser feita de forma lenta, conforme o parceiro vai aceitando ser penetrado. O movimento do bumbum de quem a recebe, normalmente ajuda no deslocamento do pênis dentro do ânus, sempre lembrando que quem dá a velocidade do movimento é o parceiro que está sendo penetrado, pois ele sente muita dor.

A higiene também é muito importante, pois podem existir resíduos nas paredes do ânus que podem causar constrangimentos na penetração dos dedos ou do pênis. Lavar bem o bumbum é o suficiente. É bastante raro alguém defecar durante o sexo anal, mas pode acontecer. Se for o caso, não tem muito o que ser feito, pois foi uma resposta do corpo à penetração de algo estranho. Limpar o local é o que tem que ser feito. Com estes cuidados físicos, o sexo anal provavelmente será muito prazeroso. Porém, muitas vezes, o tabu que envolve esta prática, o medo de ficar com o ânus deformado ou o medo da dor podem dificultar que a parceira aceite fazer sexo anal. Os homens também sentem muita dor, mas no caso deles, esta prática pode ser a única alternativa de obter prazer sexual, como no caso dos homossexuais que preferem a penetração. Alguns homens, mesmo não assumindo sua homossexualidade, têm curiosidade de ser penetrados, por isso, estão mais dispostos a aceitar serem penetrados e estão mais livres de medos e inseguranças. Os cuidados físicos são os mesmos em qualquer penetração, o que muda é a capacidade psicológica de se entregar a este ato. Os cuidados na prática do sexo anal vão além dos cuidados físicos. É claro que cuidar do corpo e da saúde é muito importante, porém, no caso desta prática, a vida psicológica do indivíduo também merece atenção.

Como colocado anteriormente, os homens que pretendem manter relações sexuais anais, querendo ser penetrados, estão dispostos a esta prática, por isso, não ficam tão inseguros quanto a este tipo de sexo, mas as dicas colocadas aqui, apesar de serem direcionadas às mulheres, servem também aos homens. Para as mulheres, principalmente as que não pensam muito em sexo anal, a possibilidade de praticá-lo pode gerar muitos medos, dificultando o prazer. É sabido que sem cuidados físicos a penetração anal é muito dolorosa, além de existir o tabu e as dúvidas freqüentes em relação a este ato. Por isso, preparar-se psicologicamente para este momento é essencial, e deve ser atividade compartilhada entre os parceiros. Para a mulher, pensar se realmente deseja manter relação sexual anal, se isso pode se tornar prazeroso a ela, se seus valores e educação permitem isso é o primeiro passo. Não se pode esquecer que a analidade em termos de sexo envolve toda uma educação repressora, sendo este tipo de prática sexual considerada pecaminosa, nojenta, entre outros termos pejorativos. O medo da dor é normalmente o que faz a mulher recuar na decisão de manter relações sexuais anais. Mesmo aquelas que têm curiosidade e desejo nesta prática, o medo de sentir dor pode atrapalhar e muito o prazer. Este medo pode fazer com que a mulher não relaxe no momento da penetração e, mesmo com todos os cuidados, ela sinta algumas dores. Por isso a penetração feita de leve, a boa lubrificação, com o consentimento dela, permitindo a ela dar a tônica desta relação, pelo menos nas primeiras vezes, diminuirá a dor e permitirá que se aproveite todo o prazer deste ato. Além da dor, existem os mitos relacionados ao sexo anal, como o de que penetrar o ânus causa hemorróidas.

Isso não é verdade, o sexo anal não causa hemorróidas, o que ele pode fazer é, no caso de alguém que já possua esta doença, aumentar suas conseqüências. O ânus penetrado também não fica “solto”, ou seja, o controle esfincteriano poderá ser feito normalmente depois das relações sexuais anais. Além disso, não há um aumento significativo no tamanho do ânus depois desta prática sexual. Estando a mulher preparada, querendo praticar sexo anal, cabe ao parceiro tomar alguns cuidados também. Mesmo que a mulher deseje ser penetrada no ânus, o homem precisa fazer tudo de maneira que a parceira se sinta tranqüila até para postergar a tentativa. Paciência e diálogo fazem parte deste processo, que apesar da banalidade do sexo, ainda é complicado. Uma relação anal mal sucedida pode criar a insegurança para praticar este tipo de sexo novamente. Por isso, mente e corpo precisam de cuidados específicos para que tudo transcorra de forma positiva para o casal, para que o prazer do sexo anal seja experimentado mais vezes, podendo dar á vida sexual destas pessoas, novas vivências de muito prazer.

Anne Griza
Sexologa

2 comentários:

  1. A prática do sexo anal no Oriente é encarada com mais naturalidade pelas mulheres, pois lá não existem os preceitos cristãos que condenam essa variante. O Ocidente ainda está muito traumatizado com a "pregação moralizadora" realizada pela inquisição há mais de 500 anos.

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  2. Olá, Adoro sexo anal e sempre que posso faço com minha namorada, ela não gosta muito mas para me satisfazer, topa, mas axo que ela já está começando se adaptar logo estaremos praticando sem parar, abraço

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